Com a proposta de promover interação social e inclusão dos seus pacientes moradores, o Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS), por meio das chefias da Residência Assistencial (RA) e a Unidade de Cuidados Prolongados (UCP), retoma atividades do projeto Luz da Idade. A ação que aconteceu na tarde da quarta-feira (26) e promoveu a troca de experiências entre estudantes e os moradores da Residência Assistencial, pacientes da antiga Colônia Santa Marta e curados da hanseníase.

O projeto é uma parceria com a Escola Municipal de Tempo Integral Santa Marta. O encontro foi marcado por muita emoção, vestidos a caráter, os alunos abrilhantaram o momento com apresentação musical. Para a diretora da Escola, Keila Gislene Silva Alves, o evento é uma oportunidade que possibilita às crianças, o aprendizado e valorização do idoso e da história do local. “Alguns são filhos ou parentes de pessoas que já passaram pelo HDS. Essa parceria desperta neles o respeito, aspectos da legislação, porque a gente aborda essas questões também na escola, para que eles entendam que são condições da nossa vida e pra eles amadurecerem na forma do tratar, do lidar com os iguais e com aqueles que são diferentes, sejam pela condição física ou pela idade”. Além disso, Keila reforçou que o evento é uma ótima oportunidade para as crianças aprenderem um pouco mais sobre a rotina de um hospital e quais os profissionais que são necessários em uma unidade de saúde, como psicólogos, comunicadores, seguranças e vários outros, que vão muito além de médicos e enfermeiros.

Segundo o diretor administrativo financeiro da unidade, André Alves dos Santos, “a integração dos pacientes com as crianças é excelente para todos. Essa abordagem ajuda a melhorar a autoestima e a autoconfiança das crianças, além de ensiná-las a aceitar e compreender as limitações e desafios enfrentados por outras pessoas. Por outro lado, a interação com crianças ajuda os pacientes a se sentirem mais animados e motivados, reduzindo o estresse e a ansiedade. A presença de crianças cria ainda um ambiente mais descontraído e alegre, o que ajuda a melhorar o humor e a sensação de bem-estar dos pacientes”.

A estudante Kayla Sofia Souza de nove anos, quando questionada sobre a importância do evento, ela afirma que “demonstrar carinho pelas pessoas que moram no hospital é uma forma de fazê-las felizes”.  

“Esse projeto é de suma importância para as crianças e para os pacientes moradores, pois eles não têm oportunidade de conviverem com crianças. As crianças, por outro lado, nutrem algumas curiosidades em relação às incapacidades, ao envelhecimento, às profissões que compõe o escopo da saúde e outros temas de relevância. O intuito desse projeto sempre foi o de integrar essas gerações, de modo a desmistificar a luz que emana em todas as idades” afirma a Supervisora Cledma Pereira Ludovico. As atividades do projeto acontecem uma vez ao mês.

Fonte(s): Juliano Fagundes para hds.org.br