Em março de 2021, o volume de serviços goiano caiu 0,7% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal. Já o volume de serviços nacional caiu 4,0%, sendo o pior resultado dos últimos 11 meses. Quando comparado com março de 2020, o volume de serviços goiano apresentou um avanço de 13,3%, sendo o maior crescimento desde fevereiro de 2014 (17,3%). E em nível nacional, observou um avanço de 4,5%, na mesma base de referência, interrompendo doze taxas negativas seguidas.

Serviços profissionais, administrativos e de transportes tiveram avanço em março

Para entender o crescimento de 13,3% no volume de serviços em março de 2021, frente ao mesmo mês do ano passado, devemos analisar como se comportaram as atividades do setor. Das cinco atividades que compõem o setor de serviços, analisadas na PMS, três apresentaram crescimento no volume de serviços. O setor de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio apresentou um crescimento de 28,6%, sendo a primeira expansão após doze meses seguidos de retração. Assim o setor ainda acumula no ano um crescimento de 8,3%. Entretanto, nos últimos doze meses, acumula -2,7%, demostrando que o setor ainda se recupera dos efeitos da pandemia. O setor de Serviços profissionais, administrativos e complementares apresentou um crescimento de 23,9%, sendo o décimo crescimento seguido e acumula em 12 meses alta de 12,3%. Por fim, o setor de Serviços de informação e comunicação cresceu 1,5%, sendo o primeiro resultado positivo depois de 28 meses de queda e acumula nos últimos 12 meses uma variação de - 6,5%.

Já os setores com variação negativa foram o de Serviços prestados às famílias, com queda de 14,8%, apresentando índices negativos desde março de 2020, quando os primeiros casos da pandemia de Covid-19 apareceram no Brasil e acumulando perda de 37,5% nos últimos 12 meses. Já os Outros Serviços apresentam queda de 2,8%, sendo a quarta queda seguida.

Turismo goiano cai 26,2% em março

Em março de 2021, o índice de atividades turísticas apontou queda de 26,2% frente a fevereiro de 2021, a segunda maior queda do país – menor apenas que a registrada no estado do Paraná (-26,5%) e empatada com Santa Catarina (-26,2%). Quando comparado com março de 2020 (início da pandemia do Covid-19), o setor apresentou variação de -1,1%, sendo a décima terceira queda consecutiva. No acumulado dos últimos 12 meses, o agregado especial de atividades turísticas registrou queda de 33,8%.

Serviços caíram em 14 das 27 unidades da Federação em março

Regionalmente, 14 das 27 unidades da Federação registraram retração no volume de serviços em março de 2021, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o recuo (-4,0%) observado no Brasil – série ajustada sazonalmente.

Entre os locais com taxas negativas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (-2,6%), seguido por Distrito Federal (-6,1%), Minas Gerais (-1,6%), Santa Catarina (-3,4%) e Rio de Janeiro (-0,8%). Goiás apresentou a segunda menor queda (-0,7%) nessa base de comparação. Já a maior alta foi em Mato Grosso do Sul (11,8%).

Frente a março de 2020, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,5%) foi acompanhado por 19 das 27 unidades da Federação. A principal influência positiva ficou com São Paulo (4,4%), seguido por Minas Gerais (10,7%), Mato Grosso (38,1%) e Santa Catarina (13,2%). Goiás apresentou a quinta maior alta (13,3%). Por outro lado, o Distrito Federal (-4,9%) assinalou o resultado negativo mais relevante.

Já no acumulado de 2021, frente a igual período do ano anterior, o recuo do volume de serviços no Brasil (-0,8%) se deu de forma equilibrada entre os locais investigados, já que 14 das 27 unidades da Federação também mostraram retração na receita real de serviços. O principal impacto negativo em termos regionais ocorreu no Rio de Janeiro (-3,0%), seguido por Bahia (-9,8%), Paraná (-4,4%), São Paulo (-0,5%), Distrito Federal (-7,5%) e Rio Grande do Sul (-4,9%). Por outro lado, Minas Gerais (6,3%), Santa Catarina (9,4%) e Mato Grosso (10,3%) registraram as contribuições positivas mais relevantes sobre índice nacional. Goiás detém acumulado positivo em 2021, devido a forte queda deste mesmo período em 2020.

Sobre a PMS

A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no País, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação. Há resultados para o Brasil e todas as Unidades da Federação. A técnica de coleta é o Questionário eletrônico autopreenchido (CASI) e a Entrevista pessoal com questionário em papel (PAPI).

Fonte(s): Agência de Notícias do IBGE